sexta-feira, 26 de outubro de 2012

OBESIDADE


llA obesidade é uma doença crônica que pode ser definida como o aumento da gordura corporal, causado principalmente pela ingestão inadequada de alimentos e falta de exercícios físicos. Além disso, essa enfermidade também é desencadeada por fatores biológicos, hereditários e psicológicos. As doenças endocrinológicas são responsáveis por menos de 5% dos casos.
A terapia mais eficaz para todos os casos é  mudança no estilo de vida, com correção do hábito alimentar e a prática de atividade física. Entretanto, cada caso precisa ser avaliado individualmente.
Um indivíduo adulto é considerado obeso quando seu índice de massa corpórea (MC) é maior do que 30 Kg/m². IMC entre 30 e 35 Kg/m² é considerado grau I de obesidade, de 35 a 40 Kg/m² grau II e acima de 40 Kg/m² é chamada de obesidade grave, ou grau III.

Tratamento
Pela complexidade do quadro, ou pela associação com outras doenças, a obesidade exige equipe multidisciplinar para seu tratamento, em geral composta por nutricionista, médico, psicólogo, enfermeiro e preparador físico. A terapia mais eficaz para todos os casos é a mudança no estilo de vida, com correção do hábito alimentar e a prática de atividade física. Entretanto, cada caso precisa ser avaliado individualmente.

Prevenção 
A mudança de hábitos é a melhor maneira de prevenir a obesidade. Mas como conseguir isso com a agitação do dia a dia? Confira algumas dicas.

dicas simples:
l Fracionar a alimentação ao longo do dia, em volumes menores;
lAumentar o consumo de fibras: verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas (feijão, por exemplo);
l Incluir oleaginosas (nozes, amêndoas etc.) como parte do padrão alimentar;
l Reduzir o consumo de carnes gordas: prefira as carnes brancas (grelhadas e sem pele);
lControlar o consumo de ovo (gema);
l Controlar o consumo de café, principalmente expresso;
l Substituir a manteiga por margarina contendo fitoesteróis ou por queijos magros como o cottage e a ricota;
l Reduzir, ao máximo, o consumo de alimentos produzidos com gordura hidrogenada. Crie o hábito de ler o rótulo dos alimentos para identificar a presença de gordura trans;
l Reduzir a ingestão de frituras;
l Restringir o consumo de creme de leite, banha, bacon, toucinho, molhos prontos e produtos de pastelaria;
l Substituir o leite e o iogurte integrais por versões desnatadas;
l Não fumar;
l Incluir atividade física como parte da rotina: 30 minutos de exercícios diários fazem a diferença na saúde e na qualidade de vida;
l Substituir queijos amarelos, mais gordurosos por queijos magros.

lA obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de várias outras doenças, entre elas, diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular, osteoartrose e apnéia do sono, além de aumento dos níveis de colesterol e triglicérides.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EPiLEPSIA


Embora a epilepsia seja conhecida desde a antiguidade, ainda há a necessidade de um maior aprofundamento sobre os diferentes tipos de crises, desde sua evolução até a resposta ao tratamento.

A epilepsia é relativamente frequente, uma vez que acomete de uma a duas pessoas em cada grupo de 100 indivíduos. É muito comum se reconhecer sua manifestação apenas quando ocorre a perda de consciência acompanhada de abalos musculares generalizados, liberação de urina e salivação excessiva. No entanto, há várias outras formas de manifestação clínica.

Causas
Elas variam conforme a idade e podem ser relacionadas a:

•Fatores genéticos;
•Lesões cerebrais adquiridas por ocasião do nascimento;
•Malformações ou doenças degenerativas do cérebro;
•Doenças infecciosas e parasitárias;
•Fatores tóxicos;
•Traumatismos cranianos;
•Distúrbios vasculares, metabólicos e nutricionais que agridam o cérebro.

Diagnóstico

O exame mais importante para o diagnóstico de epilepsia é o eletroencefalograma (EEG), que pode ser realizado no intervalo das crises ou inclusive, durante uma ocorrência.

Para aumentar a sensibilidade, o exame deve ser realizado com o indivíduo em vigília (acordado), em período de sonolência e durante o sono. Além disso, há uma fase de hiperventilação – respiração profunda por 3 ou 5 minutos – e outra fotoestimulação, na qual o cliente é estimulado como uma luz intermitente. Essas fases são necessárias porque  algumas pessoas só apresentam crises em determinados períodos do dia – durante o sono ou ao despertar – ou quando são submetidas a estímulos luminosos – como luz estroboscópica, televisão, videogame e computadores.

O EEG auxilia o médico na classificação do tipo de epilepsia, na escolha da medicação mais adequada, na definição do tempo de tratamento e na programação de exames complementares para o diagnóstico correto, como, por exemplo, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética do encéfalo, o exame do líquor (líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal) e alguns exames de sangue.

Tratamento 
Cerca de metade das epilepsias que ocorrem na infância são benignas, ou seja, as crises surgem durante alguns meses ou anos e desaparecem com a maturidade cerebral.

Por outro lado, 70% das pessoas com epilepsia têm crises completamente controladas com os medicamentos antipiléticos. Portanto, o primeiro passo para o controle das crises é o uso correto das medicações, respeitando rigorosamente a orientação do médico quanto aos horários em que devem ser tomadas.

Para aqueles 30% restantes que não controlam as crises com medicamentos, há alternativas, como o tratamento cirúrgico, que promove à remoção da parte do cérebro que dá origem as descargas elétricas que causam as crises. 

Em determinadas situações o médico pode recomendar mudança no padrão alimentar, que pode levar a uma alteração no metabolismo do paciente, favorecendo o controle das crises. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

REFLUXO GASTROESOFÁGICO


llO esôfago é um órgão que tem forma de um tubo e conduz o alimento mastigado da boca até o estômago. Ao chegar ao estômago, o alimento se mistura com a secreção gástrica (um líquido muito ácido, produzido pelo órgão) e começa a ser digerido em partículas menores. Se a secreção ácida do estômago refluir com muita frequência para o esôfago, pode ocorrer o que chamamos de doença do refluxo gastrosesofágico (DRGE).
O revestimento interno (mucosa) do estômago é muito resistente à secreção ácida produzida no local. Já a mucosa do esôfago não é. Dessa forma, se houver refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago ou para os órgãos adjacentes a ele, pode-se desencadear a doença. Ela é caracterizada por uma diversidade de sintomas que ocorrem no órgão agredido pela acidez da secreção gástrica.

Sintomas
Sintomas típicos: azia (sensação de queimação ascendente da região do estômago até o tórax e, em alguns casos, até o pescoço) e regurgitação (sensação de retorno da secreção ou dos alimentos do estômago ao esôfago e, ás vezes, até a garganta);
Sintomas atípicos: dor toráxica (parecida com dor de infarto do coração) e desconforto na região do pescoço, como se, nessa região, houvesse uma bola que sobe e desce).

Diagnóstico
Esporadicamente, alguns dos sintomas podem ocorrer por episódios isolados de refluxo. Entretanto, se eles persistirem ou forem muito intensos, é recomendável que se procure um médico.
Dependendo das características dos sintomas, o médico poderá orientar um tratamento clínico sem fazer nenhum tipo de exame. Por outro lado, se ele julgar que o quadro não está muito claro, ou se quiser fazer um diagnóstico mais preciso, solicitará alguns exames.

Os exames mais úteis para o diagnóstico da DRGE são:
lEndoscopia digestiva alta;
lBiópsia de esôfago para estudo microscópico;
lpH-metria esofágica prolongada;
lManometria esofágica;
lEstudo radiológilógio contrastado do esôfago;
lCintilografia esofágica.

Como é tratada a DRGE
A maior parte dos pacientes pode ser tratada com remédios, dieta e orientações comportamentais. As recomendações dietéticas mais úteis são evitar ingerir substâncias que favoreçam a ocorrência de refluxo ou que o tornem mais agressivo, tais como bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, chocolate, achocolatados e condimentos fortes.
levitar deitar-se após as refeições;
lnão ingerir grande volume de líquidos durante as refeições;
lelevar, de 10 a 15 centímetros, a cabeceira da cama;
lemagrecer, se estiver acima do peso.
O tratamento cirúrgico é reservado para os pacientes que não toleram restrições dietéticas ou que não consigam aderir às orientações comportamentais e ao uso frequente de medicamentos.