quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

EXISTEM 2 FONTES DE COLESTEROL ALIMENTAÇÃO E SEU PRÓPRIO ORGANISMO

llMuitas pessoas têm níveis elevados de colesterol no sangue, porém a maioria das pessoas não conhece bem a origem do colesterol.

Colesterol proveniente dos alimentos
Mesmo que você preste atenção, não é fácil evitar o colesterol proveniente da alimentação, porque todos os alimentos de origem animal, tais como ovos, carne vermelha e camarão, contêm colesterol.
Em geral, os alimentos ricos em gorduras saturadas ou gorduras trans também devem ser evitados entre os quais:
• queijos amarelos;
• margarinas;
• manteiga;
• tortas.
Após uma refeição, o colesterol dos alimentos é absorvido pelo trato digestivo e processado pelo fígado, passando a circular no organismo pela corrente sanguínea. Esta é uma das fontes de colesterol.

Colesterol produzido no organismo
Talvez você não saiba que o fígado e outras células do organismo produzem naturalmente o colesterol – de acordo com as características genéticas de cada pessoa - e constituem a maior fonte de colesterol total. Uma vez produzido, o colesterol vai para a corrente sanguínea.
A genética também determina se a pessoa absorve muito ou pouco do colesterol proveniente da dieta.

O que significa isto?
Adicione o colesterol produzido pelo fígado ao colesterol proveniente dos alimentos e você compreenderá a origem dos níveis elevados de colesterol no sangue.
 O combate ao colesterol elevado pode não ser uma tarefa fácil para muitas pessoas. Exige esforço manter uma rotina de exercícios físicos,  prestar atenção à alimentação e, em muitos casos, utilizar medicação diariamente. Apesar dos esforços, muitas pessoas não conseguem reduzir de maneira suficiente os níveis de colesterol.
Sabe-se que, quanto mais elevados os níveis de colesterol, maiores os riscos de doença cardiovascular e suas complicações (infarto do miocárdio e derrame cerebral, por exemplo).
Por meio de um exame de sangue, é possível conhecer seus níveis de colesterol. O colesterol total inclui o colesterol LDL (“mau” colesterol) e o colesterol HDL (“bom” colesterol).
Lembre-se ainda que alguns fatores de risco, como tabagismo, hipertensão, diabetes, obesidade etc, quando associados ao “mau” colesterol (LDL), agravam o risco de doença cardíaca ou derrame cerebral.
Embora o colesterol seja necessário ao organismo para produção e manutenção das células, quantidades em excesso dessa substância podem se acumular nas paredes das artérias.
O colesterol LDL é conhecido como o “mau” colesterol, pois pode se acumular nas paredes das artérias e formar as placas endurecidas, ricas em colesterol, que podem obstruir as artérias e bloquear o fluxo de sangue para os órgãos vitais, como o coração e o cérebro.
Já o HDL-C é conhecido como o “bom” colesterol, pois ajuda a eliminar o colesterol ruim do organismo. 

Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O HIPOTIREODISMO É MAIS COMUM DO QUE VOCÊ IMAGINA

llA glândula tireóide
A tireóide é uma glândula que fica no pescoço, logo abaixo daquela saliência popularmente conhecida como “pomo-de-adão”.
A tireóide produz dois hormônios muito importantes para o organismo: o T3 e o T4.
Esses hormônios controlam o funcionamento de diversos órgãos e, por isso, interferem diretamente em processos como crescimento, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, batimentos cardíacos, eliminação de líquidos, funcionamento intestinal, força muscular e controle do peso corporal.

Hipotireoidismo
Eventualmente, a tireóide pode sofrer problemas que fazem produzir hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireodismo). Esses problemas são facilmente reconhecidos, porque o hipertireodismo acelera todas as funções do corpo, enquanto o hipotireodismo, ao contrário, deixa tudo mais lento.
Dados mundiais indicam que o hipotireoidismo atinge 11% da população, sendo 80% mulheres a partir de 35 anos. No entanto, muitos casos ficam sem diagnóstico, porque os sintomas nem sempre são reconhecidos. 
Sem o tratamento adequado, as doenças da tireóide afetam o coração, os ossos, alteram as gorduras no sangue e causam muitos danos.
Hipotireoidismo: quais são os sintomas?
• Cansaço, apatia e desânimo
• Hipersensibilidade ao frio
• Falha na memória
• Sono excessivo
• Pele seca e queda de cabelos
• Intestino preso
• Perda de apetite
• Ganho de peso e retenção de líquidos
• Aumento de colesterol
• Tornozelo inchado e dores musculares
• Unhas quebradiças
• Períodos menstruais irregulares
• Diminuição do desejo sexual
Quais as complicações que o hipotireoidismo pode trazer?
Quando o hipotireodismo não é diagnosticado a tempo, ou quando não é tratado adequadamente, pode levar a sérias complicações.
Outros órgãos são afetados, levando aos seguintes quadros:
• Insuficiência cardíaca
• Dislipidemia
• Coronariopatia
• Hipertensão
• Glaucoma
• Anemias
• Disfunções respiratórias
• Retardo mental
• Surdez e deficiência no crescimento em recém-nascidos com hipotireodismo
• Desordem gastrintestinais, neurológicas, endócrinas, metabólicas e renais

Como é feito o diagnóstico?
As disfunções tireoidianas podem ser diagnosticadas com um simples exame de sangue para dosar o TSH (hormônio estimulante da tireóide). 

O tratamento é difícil?
Ao contrário: para tratar hipotireoidismo, basta tomar medicamento contendo o hormônio que a glândula (tireóide) não produz adequadamente. 
Tomando o comprimido de levotiroxina diariamente e no horário certo, você vai se sentir melhor e os sintomas do hipotireoidismo diminuirão de forma lenta e gradual.

Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

DISFUNÇÃO ERÉTIL

llA disfunção erétil, também chamada em ocasiões de “impotência”, é a incapacidade de alcançar ou manter a ereção suficientemente estável para ter relações sexuais. Em geral, após dois meses sem poder manter ereções, considera-se que o paciente sofre de disfunção erétil.
A palavra “impotência” também pode ser usada para descrever outros problemas que interferem com o ato sexual, problemas vinculados com a ejaculação e orgasmos. É importante associar a deficiência de testosterona com a disfunção erétil e não a impotência, já que esta última pode estar relacionada com outras causas.
A incidência da disfunção erétil aumenta com a idade; cerca de 5% dos homens de 40 anos e entre 15% e 25% dos homens com mais de 65 anos sofrem de disfunção erétil. Nos homens mais velhos, a disfunção erétil em geral tem a sua origem em doenças concomitantes, acidentes ou efeitos secundários de algum medicamento. Qualquer desordem que cause uma lesão nos nervos ou impede a passagem de sangue ao pênis tem o potencial de causar disfunção erétil.

Quais são as causas da disfunção erétil?
Doenças como diabetes, doenças renais, alcoolismo crônico, esclerose múltipla, aterosclerose, doenças cardiovasculares e doenças neurológicas representam 70% das causas de disfunção erétil.
Medicamentos, como os anti-hipertensivos, anti-histamínicos e antidepressivos, tranqüilizantes, supressores do apetite e a cimetidina (medicamento para úlcera gástrica) podem causar disfunção erétil como efeito secundário e outros fatores psicológicos, como estresse, ansiedade, sentimento de culpa, depressão, baixa auto-estima e medo do fracasso sexual são a causa de 10 e 20% dos casos de disfunção erétil.
Outros fatores como o tabagismo, que afeta o fluxo sanguíneo nas veias e artérias, e as anormalidades hormonais, como a deficiência de testosterona, estão associados à disfunção erétil.

Como a testosterona intervem na disfunção erétil?
No entanto, o ambiente emocional do indivíduo é de primordial importância como causa de disfunção erétil já que são vários hormônios que atuam nos órgãos sexuais no homem. A complexidade da disfunção erétil é focalizada na conexão entre os componentes estruturais dos órgãos sexuais e os componentes neurológicos que regulam a atividade vascular. É por isto que a perda de androgênios concretamente de testosterona, ou qualquer alteração nestes sistemas podem causar disfunção erétil.

O tratamento hormonal pode ajudar a melhorar a disfunção erétil?
A terapia com testosterona pode melhorar a energia, o estado de ânimo, a densidade dos ossos, aumentar a massa muscular e intensificar o interesse sexual nos homens de idade avançada que têm níveis deficientes de testosterona.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SAÚDE: NEM SEMPRE MUITOS CUIDADOS É A MELHOR OPÇÃO

Existe a idéia de que quanto mais exames e mais tratamentos sejam realizados mais benefícios trariam aos pacientes é falsa. Um grande número de clientes fica mais feliz quanto mais exames e tratamentos o médico prescreva.
No entanto, em muitas ocasiões, a solicitação de diversos procedimentos diagnósticos e tratamentos podem ser maléficos. O primeiro é o econômico. Não existe exame ou tratamento gratuito. O gasto é assumido direta ou indiretamente por aquele se submete a isso. Quando o paciente é privado, imediatamente. Nos casos de beneficiário de plano de saúde, no próximo reajuste das mensalidades. Mesmo quando não se enquadra em nenhuma das duas condições acima, ele assume como cidadão. Os impostos que ele pagou serão gastos com o desperdício.
As somas desperdiçadas desta maneira são alarmantes. Nos Estados Unidos são quase 7 bilhões de dólares anuais. Analisando 1 milhão de procedimentos deles (56%) estes erros acontecem. É importante esclarecer que estes números referem-se apenas aos atendimentos básicos. 
Em nosso país, a suspeita é que seja pelo menos semelhante.
 Os americanos identificam condições onde este erro ocorre mais freqüentemente. Nas sinusites, a prescrição de antibióticos, na grande maioria das vezes, é errada. Na quase totalidade dos casos, quem acarreta um problema é um vírus.
 Assim, o antibiótico não só não tem nenhuma eficácia como pode causar efeitos colaterais e ajudar no desenvolvimento da resistência bacteriana.  
Outro pecado é a solicitação de exames preventivos para o câncer ginecológico em mulheres com menos de 21 anos e nas histerectomizadas  (sem útero). 
O uso não indicado na tomografia computadorizada pode gerar dois prejuízos. Desperdício financeiro e causar câncer. Acredita-se que muitos pacientes se tornaram cancerosos pelo uso não adequado e abusivo deste exame.
A realização da determinação do PSA em toda população masculina anualmente, após os 40 anos de idade, vem sendo contestada por autoridades em saúde de vários países. Estudos já demonstraram que esta prática não diminui a mortalidade por câncer de próstata. Além disso, pode acarretar a realização de procedimentos desnecessários, onerosos e capazes de acarretar complicações importantes e desagradáveis.
A solicitação rotineira da ultrassonografia da tireóide para as mulheres é outro procedimento que deve ser evitado. Afinal, costuma trazer muito mais malefícios do que benefícios. Muitos outros exemplos existem.
Providências urgentes necessitam serem tomadas para que os desperdícios sejam, pelo menos, minimizados. Afinal o dinheiro gasto erroneamente poderia e deveria ser usado pelos que realmente necessitam de procedimentos e tratamentos e não os têm.