quinta-feira, 28 de junho de 2012

PUBERDADE PRECOCE


llA puberdade é o período que corresponde ao desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, ocorrendo geralmente entre os 8 e 13 anos de idade, nas meninas, e dos 9 aos 14 anos, nos meninos.
O processo normal se dá a partir da maturidade das gônadas (ovários e testículos) e do aumento da produção de androgênios pelas glândulas suprarrenais. Nas meninas, inicia-se com o aparecimento das mamas (telarca), do aceleramento do crescimento linear e da menarca, que ocorre aproximadamente dois anos após a telarca. Nos meninos, começa com o aumento dos testículos (gonadarca), acompanhado pela pubarca e pelo crescimento linear.
A puberdade é considerada precoce quando emerge antes dos 8 anos, nas meninas, e antes dos 9 anos, nos meninos, sendo classificada em três tipos: puberdade dependente e gonadotrofinas, ou central, puberdade precoce independente de gonadotrofinas, ou periférica, e variantes normais do desenvolvimento puberal, nas quais um dos caracteres sexuais secundários (telarca, pubarca ou menarca) pode estar desenvolvido isoladamente sem que haja outros sinais de maturação sexual. Esse processo, contudo é benigno e autolimitado.
Cerca de 5% da população geral entra na puberdade fora da idade usual, antes ou depois do período normal. A precocidade puberal, no entanto, é cerca de 10 a 20 vezes mais prevalentes nas meninas do que nos meninos. A origem étnica também exerce influência no desencadeamento desse processo. Os afrodescendentes, por exemplo,tendem a se tornar púberes antecipadamente.
A puberdade precoce central é resultante da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas. Tem como maior conseqüência clínica, a baixa estatura na idade adulta, caso a criança não seja tratada adequadamente.

Causas da precocidade puberal
• Idiopática
• Genética
• Doenças do sistema nervoso central:
• Hamartomas hipotalâmicos
• Tumores: astrocitomas, craniofaringiomas, gliomas, ependimomas, neurofibromas e disgerminomas
• Infecções e processos inflamatórios do sistema nervoso central
• Outras: cisto supresselar, cisto aracnóideo, hidrocefalia, displasia septo-óptica, meningomielocele e malformações vasculares
• Exposição prolongada a andrógenos
De qualquer modo, é imprescindível proceder a uma investigação cuidadosa da etiologia da disfunção puberal, ainda que a maioria dos casos seja idiopática. O fato é que apenas 10% das meninas com esse tipo de puberdade apresentam alguma associação com doenças no sistema nervoso central. Não há regra geral, porém na prática clínica, observa-se que quanto mais cedo a puberdade se manifestar, maior o risco de existirem alterações orgânicas associadas.

Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista

quinta-feira, 21 de junho de 2012

OSTEOPOROSE


llA osteoporose é uma doença que leva à fragilidade dos ossos, aumentando o risco da ocorrência de fraturas. Apesar da osteoporose acometer, com mais freqüência, mulheres na pós-menopausa, ela pode ocorrer em ambos os sexos. Sua complicação mais temida é a fratura osteoporótica, que é mais freqüente na coluna vertebral, no fêmur e no punho.

FATORES DE RISCO
Quanto maior a idade, maior o risco de apresentar osteoporose em ambos os sexos, sendo que as mulheres são afetadas mais precocemente em razão das modificações do perfil hormonal na menopausa. Segundo dados americanos, uma em cada três mulheres brancas terá uma fratura osteoporótica após a menopausa.
 Outros fatores de risco são: antecedente familiar de osteoporose, composição corporal magra, menopausa precoce, doenças crônicas na infância e, particularmente, na adolescência (que é a fase essencial para a aquisição de massa óssea), dieta pobre em cálcio (presente no leite e derivados), tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, hipertiroidismo, hiperparatiroidismo, doenças renais, hepáticas e pulmonares crônicas, câncer, doenças intestinais que causam má absorção de nutrientes e o uso prolongado do costicosteróides.
A atividade física estimula a formação óssea principalmente por meio do fortalecimento da massa muscular. Estão indicados exercícios com peso e de impacto, como correr, caminhar e pedalar. 

COMO DIAGNOSTICAR A DOENÇA
O exame de densitometria óssea é o melhor método para avaliação da osteoporose.
A densitometria é um exame rápido, indolor e que envolve doses de radiação tão pequenas quanto às recebidas em um dia de sol na praia. O teste quantifica a massa óssea por meio de sua densidade e informa se o valor obtido está dentro do esperado ou menor, comparando com uma população de adultos jovens. As regiões mais comumente estudadas são o fêmur e as vértebras lombares, por ser sede das fraturas osteoporóticas mais freqüentes. 
Como o metabolismo do osso é muito lento, a densitometria óssea deve ser repetida em intervalos de, no mínimo, 1 a 2 anos, salvo em casos especiais. 
 Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento. Medidas como o aumento de ingestão de cálcio, a prática regular de exercícios físicos e a exposição solar são recomendadas. Atualmente existem várias medicações que podem diminuir a velocidade de perda óssea ou até estimular a sua formação, que podem ser indicadas pelo médico a depender de cada caso.

Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista

quinta-feira, 14 de junho de 2012

H.P.V PAPILOMAVÍRUS


ll O HPV é um vírus muito comum que afeta tanto homens quanto mulheres. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV. Alguns deles causam verrugas nas mãos, nos genitais e nos pés. Entretanto, a maioria não causa nenhum tipo de sintoma e desaparece sem qualquer tratamento.
Cerca de 30 tipos de HPV são conhecidos como HPV genitais, porque afetam a área genital. Alguns provocam mudanças nas células do revestimento do colo do útero. Caso não sejam tratadas, essas células anormais podem se tornar células cancerosas. Outros tipos de HPV causam verrugas genitais e modificações benignas (anormais, mas não cancerosas). Outros tipos de HPV provocam resultados anormais no exame de Papanicolau.
O HPV é provavelmente mais comum do que você pensa. Em 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que cerca de 630 milhões de pessoas (9%-13%) estavam infectadas com o HPV. Atualmente, estima-se que na cidade de São Paulo pelo menos 25% dos indivíduos adultos com atividade sexual tiveram contato ou são portadores do vírus.
Qualquer pessoa que tenha qualquer tipo de contato sexual. É excepcional, porém é possível adquirir o vírus sem a ocorrência de intercurso sexual. O HPV é altamente contagioso; assim pode-se adquiri-lo com uma única exposição.
Para a maioria das pessoas que têm o HPV, as defesas do corpo são suficientes para eliminar o vírus. Entretanto, para algumas, certos tipos de HPV podem desenvolver verrugas genitais ou alterações benignas no colo do útero, na vagina e na vulva.
No caso das mulheres, a maioria fica sabendo que tem o HPV por intermédio do resultado anormal do exame de Papanicolau. Esse exame é feito com a coleta de material durante a consulta ginecológica e permite a detecção de células anormais no revestimento do colo do útero. Outro teste- o do DNA do HPV ou captura híbrida para o HPV – está disponível nos laboratórios e consultórios para a detecção dos tipos de HPV relacionados ao câncer de colo de útero.
Também nos homens as manifestações clínicas mais comuns são as verrugas genitais, causadas pelos tipos 6 e 11 do vírus. Mas alguns tipos de HPV de alto risco, como o 16 e o 18, também causam câncer, como os de pênis e de ânus.
Para reduzir o risco de infecções genitais pelo HPV, você deve evitar qualquer tipo de atividade sexual que envolva o contato genital ou limitar o número de parceiros sexuais. 
Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até mesmo por meio de um objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões. A novidade foi a chegada, em 2006, da primeira vacina capaz de prevenir a infecção pelos dois tipos mais comuns.

Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista

quinta-feira, 7 de junho de 2012

DISFUNÇÃO ERÉTIL


llA disfunção erétil, também chamada em ocasiões de “impotência”, é a incapacidade de alcançar ou manter a ereção suficientemente estável para ter relações sexuais. Em geral, após dois meses sem poder manter ereções, considera-se que o paciente sofre de disfunção erétil.
A palavra “impotência” também pode ser usada para descrever outros problemas que interferem com o ato sexual, problemas vinculados com a ejaculação e orgasmos. É importante associar a deficiência de testosterona com a disfunção erétil e não a impotência, já que esta última pode estar relacionada com outras causas.
A incidência da disfunção erétil aumenta com a idade; cerca de 5% dos homens de 40 anos e entre 15% e 25% dos homens com mais de 65 anos sofrem de disfunção erétil. Nos homens mais velhos, a disfunção erétil em geral tem a sua origem em doenças concomitantes, acidentes ou efeitos secundários de algum medicamento. Qualquer desordem que cause uma lesão nos nervos ou impede a passagem de sangue ao pênis tem o potencial de causar disfunção erétil.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL?
Doenças como diabetes, doenças renais, alcoolismo crônico, esclerose múltipla, aterosclerose, doenças cardiovasculares e doenças neurológicas representam 70% das causas de disfunção erétil.
Medicamentos, como os anti-hipertensivos, anti-histamínicos e antidepressivos, tranqüilizantes, supressores do apetite e a cimetidina (medicamento para úlcera gástrica) podem causar disfunção erétil como efeito secundário e outros fatores psicológicos, como estresse, ansiedade, sentimento de culpa, depressão, baixa auto-estima e medo do fracasso sexual são a causa de 10 e 20% dos casos de disfunção erétil.
Outros fatores como o tabagismo, que afeta o fluxo sanguíneo nas veias e artérias, e as anormalidades hormonais, como a deficiência de testosterona, estão associados à disfunção erétil.

COMO A TESTOSTERONA INTERVEM NA DISFUNÇÃO ERÉTIL?
No entanto, o ambiente emocional do indivíduo é de primordial importância como causa de disfunção erétil já que são vários hormônios que atuam nos órgãos sexuais no homem. A complexidade da disfunção erétil é focalizada na conexão entre os componentes estruturais dos órgãos sexuais e os componentes neurológicos que regulam a atividade vascular. É por isto que a perda de androgênios concretamente de testosterona, ou qualquer alteração nestes sistemas podem causar disfunção erétil.

O TRATAMENTO HORMONAL PODE AJUDAR A MELHORAR A DISFUNÇÃO ERÉTIL?
A terapia com testosterona pode melhorar a energia, o estado de ânimo, a densidade dos ossos, aumentar a massa muscular e intensificar o interesse sexual nos homens de idade avançada que têm níveis deficientes de testosterona.


Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista