quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Conhecendo mais sobre a obesidade

llA obesidade desenvolve-se no indivíduo por ação conjunta de fatores ambientais e genéticos. A clássica relação entre o aumento da prevalência de obesidade com o maior consumo energético por maior disponibilidade de alimentos, especialmente os calóricos, ricos em açúcar e gordura, e a diminuição da atividade física, muitas vezes é considerada como causa única de obesidade. No entanto, grandes estudos de gêmeos, tanto adultos quanto crianças, mostram que o ambiente contribui apenas com 30% para determinação do IMC (Índice de Massa Corporal) e aparecimento da obesidade, sendo os demais 70% determinados pela genética.
Vários fatores ambientais determinam o aparecimento da obesidade em indivíduos geneticamente susceptíveis. Um deles é a transferências da população do meio rural para os grandes centros urbanos, com maior disponibilidade de alimentos muito calóricos e uma rotina com menos atividade física. Vários estudos apontam que o nível de atividade física está inversamente relacionado ao IMC.
No Brasil, dados do IBGE mostram um aumento no consumo de alimentos industrializados e uma diminuição no consumo de arroz e feijão, entre 1988 e 2003. Essa substituição pode estar relacionada ao custo, conveniência palatabilidade e disponibilidade. Além disso, tem-se observado um aumento gradativo no tamanho das porções nos últimos anos, o que pode ser explicado também pela heterogeneidade do comportamento dos macro nutrientes em relação à capacidade de inibir a fome e induzir a saciedade. As gorduras têm menor capacidade de suprimir a fome, de induzir a saciedade e ainda têm alta palatabilidade, quando comparadas a outros macro nutrientes.
Na próxima semana falaremos sobre o diagnóstico da obesidade infantil. Até lá.

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