sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DAS CÉLULAS-TRONCO


llA terapia com células-tronco é a grande esperança para cura de muitas doenças que a medicina atual não tem recursos adequados para tratar.
Elas são tipos de células com duas características próprias. Em primeiro lugar, têm capacidade de se diferenciar em células com alto grau de especialização. Também quando se multiplicam dão origem a duas células filhas diferentes, ao contrário de outras estruturas celulares. Uma delas com novas características, iniciando-se assim a sua diferenciação, e outra idêntica a ela, a célula mãe.
Desta maneira, a quantidade de células-tronco de um determinado tecido não aumenta nem diminui. As células embrionárias são as células-tronco mais primitivas.
Na espécie humana, o ponto inicial do desenvolvimento do embrião é a junção do espermatozoide com o óvulo. Em seguida, o zigoto inicia as suas divisões celulares. Entre o quarto e o quinto dia, essa estrutura chega à cavidade uterina onde será implantada. Este estágio de desenvolvimento embrionário é chamado blastocismo. Ele é formado de uma parte periférica, que irá se transformar na placenta e uma parte central, onde se localizam as células-tronco. Em razão de sua capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de um dos nossos tecidos.
Obstáculos existem para a sua obtenção. Só as conseguimos sacrificando um embrião humano. Vários países já permitem que se usem fetos descartados, produzidos pelas técnicas de reprodução assistida. Conduta esta que ainda sofre restrições éticas, religiosas e até legais em alguns países. Outro problema é a probabilidade de rejeição por parte de quem recebe.
Na intenção de obter células-tronco com padrão idêntico ao do receptor, alguns centros médicos têm estimulado a coleta de células do cordão umbilical, quando do nascimento. Ele é possuidor de um grande estoque de células-tronco sanguíneas.
Outros tecidos, ao contrário do que se pensava, mantêm durante toda a vida um pequeno estoque desse tipo de células. Essas estruturas desempenham padrão importante na integridade e regeneração dos tecidos. É importante ressaltar que a existência desse tipo celular não implica, obrigatoriamente, que a regeneração ocorra. Afinal, no cérebro existe um estoque de células-tronco, mas as estruturas cerebrais não se regeneram. As suas lesões são definitivas.
As células-tronco mais numerosas e ativas são as da medula óssea, órgão responsável pela produção das nossas células sanguíneas como leucemias e aplasias respondem a esse tipo de tratamento.
Outra maneira de se obter esse tipo de estrutura celular é a clonagem. Cria-se um embrião com padrão genético idêntico a quem necessita desse tipo de terapêutica. O desenvolvimento desse embrião é então interrompido para que possa se retirar as suas células-tronco embrionárias. Obviamente, este procedimento é criticado sob o ponto de vista ético, religioso e legal.

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