quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TESTE DE PATERNIDADE


llUtilizado para fins de identificação do pai biológico de uma criança, o teste de paternidade baseia-se na análise do DNA (ácido desoxirribonucleico), uma substância presente em todas as células do corpo, que é responsável pela transmissão das características hereditárias dos pais para seus filhos. Com exceção de gêmeos idêntico, cada pessoa tem um padrão único de DNA, a exemplo de sua impressão digital.
O exame identifica e compara várias regiões específicas do DNA do filho, da mãe do suposto pai, já que metade das informações genéticas contidas no DNA de cada pessoa é herdada da mãe e a outra metade, do pai biológico. 
Durante o teste, o padrão genético do filho é, primeiramente, comparado com o da sua mãe. Portanto, o teste de paternidade envolve, em uma primeira etapa, a identificação da mãe biológica do filho. Dentre as informações genéticas analisadas, aquelas que não correspondem às identificadas na mãe devem ser, obrigatoriamente, provenientes do lado paterno. Se o homem testado não possuir um padrão genético compatível com essa outra metade, conclui-se que ele não é o pai biológico.

llPor que o índice não chega a 100%?
Por que o teste de paternidade trabalha com exclusão. Ou seja, quando as informações genéticas provavelmente do lado paterno não são encontradas no homem testado, pode-se afirmar com certeza absoluta, que ele não é o pai biológico. Por outro lado, quando há compatibilidade entre os padrões de DNA do filho e do suposto pai, deve-se calcular a probabilidade de o homem testado ser, de fato, o pai biológico.
llMétodo de cálculo
Cada uma das regiões do DNA analisadas no teste apresenta variações de tamanho na população e essas variações ocorrem com uma determinada frequência em diferentes populações no planeta. A distribuição dessas frequências é usada para calcular quantas vezes é mais provável que um determinado homem seja o pai de uma pessoa em relação a qualquer outo indivíduo compatível do sexo masculino, tomado ao acaso na população estudada. Essa é a base do cálculo da probabilidade de paternidade, para determinar as frequências dos diferentes padrões do DNA encontrados em nossa população.
llColeta para o teste de paternidade
Em geral, são coletadas amostras de sangue da mãe, do filho e do suposto pai (núcleo completo), sem necessidade de jejum ou de preparos especiais. Excepcionalmente, amostras de swab (raspado) de material bucal podem ser coletadas. Recomenda-se que os participantes do teste façam a coleta na mesma ocasião, para preencher os formulários de identificação e autorização necessárias.

llResultado
O laudo fica pronto em 12 dias. Para garantir o sigilo do exame, o laboratório só entrega o resultado pessoalmente e nenhum registro do resultado é possível pela internet ou por telefone. Cada envolvido que tenha mais de 18 anos receberá um laudo original do teste.

Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista

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