quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EPiLEPSIA


Embora a epilepsia seja conhecida desde a antiguidade, ainda há a necessidade de um maior aprofundamento sobre os diferentes tipos de crises, desde sua evolução até a resposta ao tratamento.

A epilepsia é relativamente frequente, uma vez que acomete de uma a duas pessoas em cada grupo de 100 indivíduos. É muito comum se reconhecer sua manifestação apenas quando ocorre a perda de consciência acompanhada de abalos musculares generalizados, liberação de urina e salivação excessiva. No entanto, há várias outras formas de manifestação clínica.

Causas
Elas variam conforme a idade e podem ser relacionadas a:

•Fatores genéticos;
•Lesões cerebrais adquiridas por ocasião do nascimento;
•Malformações ou doenças degenerativas do cérebro;
•Doenças infecciosas e parasitárias;
•Fatores tóxicos;
•Traumatismos cranianos;
•Distúrbios vasculares, metabólicos e nutricionais que agridam o cérebro.

Diagnóstico

O exame mais importante para o diagnóstico de epilepsia é o eletroencefalograma (EEG), que pode ser realizado no intervalo das crises ou inclusive, durante uma ocorrência.

Para aumentar a sensibilidade, o exame deve ser realizado com o indivíduo em vigília (acordado), em período de sonolência e durante o sono. Além disso, há uma fase de hiperventilação – respiração profunda por 3 ou 5 minutos – e outra fotoestimulação, na qual o cliente é estimulado como uma luz intermitente. Essas fases são necessárias porque  algumas pessoas só apresentam crises em determinados períodos do dia – durante o sono ou ao despertar – ou quando são submetidas a estímulos luminosos – como luz estroboscópica, televisão, videogame e computadores.

O EEG auxilia o médico na classificação do tipo de epilepsia, na escolha da medicação mais adequada, na definição do tempo de tratamento e na programação de exames complementares para o diagnóstico correto, como, por exemplo, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética do encéfalo, o exame do líquor (líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal) e alguns exames de sangue.

Tratamento 
Cerca de metade das epilepsias que ocorrem na infância são benignas, ou seja, as crises surgem durante alguns meses ou anos e desaparecem com a maturidade cerebral.

Por outro lado, 70% das pessoas com epilepsia têm crises completamente controladas com os medicamentos antipiléticos. Portanto, o primeiro passo para o controle das crises é o uso correto das medicações, respeitando rigorosamente a orientação do médico quanto aos horários em que devem ser tomadas.

Para aqueles 30% restantes que não controlam as crises com medicamentos, há alternativas, como o tratamento cirúrgico, que promove à remoção da parte do cérebro que dá origem as descargas elétricas que causam as crises. 

Em determinadas situações o médico pode recomendar mudança no padrão alimentar, que pode levar a uma alteração no metabolismo do paciente, favorecendo o controle das crises. 

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