sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ECOENDOSCOPIA PERMITE A ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DO PÂNCREAS


llO método detecta lesões não visíveis aos exames tradicionais, guia punções e faz o estadiamento do câncer pancreático. 
As particularidades anatômicas do pâncreas tornam sua avaliação bastante complexa, de modo que não são raras as situações em que o diagnóstico  preciso só é definido após a intervenção cirúrgica. Nesse contexto vale destacar a utilidade da ultrassonografia endoscópica, também conhecida como ecoendoscopia, para a investigação de afecções pancreáticas, notadamente o câncer de pâncreas. No que tange aos nódulos pancreáticos, o método tem a sensibilidade para a detecção dessas lesões, especialmente as de dimensões menores, que podem não ser visualizadas em imagens obtidas por ressonância magnética e, principalmente, por tomografia computadorizada (TC), hoje a técnica mais utilizada para rastrear a adenocarcinoma  pancreático. Na prática, o transdutor de alta frequência, posicionado por via endoscópica, permite  a obtenção de imagens detalhadas do órgão, em alta resolução, que superam qualitativamente as produzidas por outros exames. Com isso é possível visualizar pequenas lesões pancreáticas, com diâmetro de 2 – 3 mm, e suas relações com os vasos sanguíneos adjacentes, tais como a veia porta e os vasos mesentéricos.
A ecoendoscopia vem sendo também o meio mais usado para guiar a punção aspirativa por agulha fina (Paaf) nesse órgão, uma vez que possibilita o posicionamento do transdutor em proximidade direta com a via biliar e o pâncreas, através do estômago e duodeno, favorecendo a localização precisa das lesões e encurtando o trajeto da punção. Para completar, é altamente sensível verificar invasão vascular, além de poder confirmar o envolvimento dos linfonodos por meio do Paaf, contribuindo para o estadiamento local e regionaldas neoplasias pancreáticas malignas, sobretudo para lesões menores. Como esses são os principais critérios para determinar se um tumor é ressecável, o exame apresenta boa acurácia para definir a indicação de cirurgia e, assim, reduzir o número de laparotomias desnecessárias – afinal, menos de 20% dos pacientes apresentam, no momento do diagnóstico, massas passíveis de abordagem cirúrgica, sendo os demais, portanto, candidatos a tratamento paliativo. Para as lesões maiores e metástases a distância, no entanto, a TC helicoidal demonstra melhor desempenho, segundo alguns estudos.

Conheça as principais indicações da ecoendoscopia
lEstadiamento de neoplasias malignas do tubo digestivo, incluindo o linfoma gástrico
lDetecção e punção aspirativa por agulha fina de lesões sólidas ou císticas do pâncreas
lEstadiamento e planejamento terapêutico da neoplasia maligna pancreática
lDiagnóstico de pancreatite crônica, inclusive de etiologia autoimune
lDiagnóstico das neoplasias das vias biliares
lPunções aspirativas diagnósticas de linfonodos e de massas peridigestivas

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