llProibido em vários países, o emagrecedor Sibutramina continuará sendo vendido no Brasil, mas com regras bem restritivas – Decidiu a Anvisa - com a exigência de receituário especial “B2” e exigência obrigatória do preenchimento de Termo de responsabilidade do prescritor (médico) que acompanha a notificação de receita definida na resolução 51 de 06/10/2011. A Farmácia deverá preencher os campos específicos do médico, do farmacêutico responsável e do paciente retendo uma via e entregando outra via ao paciente. Já os derivados anfetamínicos foram vetados conforme resolução de nº 52 de 06/10/2011, ficando vedada a fabricação, importação, exportação, distribuição, manipulação, prescrição, dispensação, o aviamento, comércio e o uso de medicamento ou formulas medicamentosas que contenham as substancias anfepramona, femproporex e mazindoe. O prazo de 60 dias referido na resolução 51 é para que haja adaptação às novas exigências de prescrição da sibutramina.
Na minha opinião a decisão da ANVISA não é a ideal e um terço dos pacientes ficará sem opção de tratamento, já que o Victoza que surgiu recentemente é uma medicação cara, que poderá ser utilizada pelos mais ricos com certeza e os pobres serão os maiores prejudicados. O lado bom foi manter a Sibutramina e o ruim de proibir os outros três remédios pois eles são necessários para cerca de um terço dos pacientes que não toleram bem a Sibutramina. A retirada do mercado deixará esses doentes sem nenhuma opção. Essas drogas estão no mercado há 40 anos. A agência com certeza usa de uma estratégia para diminuir o impacto (numa primeira etapa) e a reação da comunidade científica para depois em outra etapa proibir definitivamente a Sibutramina.
O conselho Federal de Medicina, no entanto, já avisou que vai ingressar na Justiça contra a proibição. A pratica clinica é sim importante e nunca ninguém morreu usando medicamentos derivados anfetaminicos porque somente agora a anvisa depois de 40 anos de utilização dos medicamentos alega que eles não reúnem estudos suficientes que comprovem sua eficácia e segurança.? O que a ANVISA deveria ter feito era impor maior controle para que os medicamentos fossem utilizados por quem realmente necessita, pois quem perde mais uma vez com estas decisões políticas é o paciente que fica sem opção de tratamento e somente valoriza e sabe da importância de ter drogas para ajudar no tratamento da obesidade é quem tem o problema. O controle do sobrepeso e da obesidade é muito complexo e depende de muitos outros fatores principalmente psíquico, portanto não basta impor ao paciente dietas restritivas e indicação de atividade física sem lhe oferecer ajuda, já que o desejo de comer em muitos casos é incontrolável e o alimento por ser prazeroso, ganha o jogo na maioria das vezes.
Dr. José Amando Mota é médico Endocrinologista e Metabologista
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