sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SEGURANÇA DOS ADOÇANTES ARTIFICIAIS


llOs edulcorantes, chamados popularmente de adoçantes, estão constantemente na mídia não somente pelo seu amplo consumo, mas também, pela discussão quanto a sua segurança para uso crônico. A temática envolve a incapacidade do corpo humano para metabolizar, digerir ou excretar os substitutos do açúcar na sua totalidade.
Apesar de os edulcorantes serem aprovados e regulados por entidades de grande credibilidade internacional, ainda são temas de várias pesquisas científicas as quais tentam evidenciar os seus efeitos adversos. Alguns estudos realizados na década de 70 mostravam associação entre os edulcorantes e câncer. O consumo de ciclamato e sacarina foi associado com tumores de bexiga em ratos. Contudo esses estudos foram desqualificados por órgãos oficiais devido à metodologia utilizada, que testou o uso dos edulcorantes de forma aguda, com doses bem superiores às recomendações máximas diárias.Com o Aspartame a associação foi com a incidência de câncer no cérebro, contudo, não foi comprovada em estudos epidemiológicos. Ademais, os ensaios agudos, crônicos e subcrônicos com vários animais evidenciaram ausência de toxicidade e carcinogenicidade do Aspartame.
Atualmente, o ciclamato tem seu uso liberado no Canadá e na Europa. Nos Estados Unidos, o FDA aprovou para o consumo humano os edulcorantes Sucralose, Acesulfame de Potássio, Sacarina, Aspartame e Neotame. No Brasil, a ANVISA regulamenta a comercialização dos edulcorantes, determinando as quantidades nos alimentos/bebidas. No entanto, é importante considerar nesse total diário os edulcorantes contidos nos produtos dietéticos usados rotineiramente. Portanto, é inadmissível considerar seguro o uso diário do edulcorante em forma de “jato” ou de produtos dietéticos não contabilizados.
Para a escolha adequada do edulcorante, além da segurança, deve-se respeitar o paladar, já que existem produtos que não resistem a altas temperaturas e aqueles que acentuam o resíduo amargo ou sabor doce.
Aliás, o paladar tem sido foco da mais recente polêmica com os edulcorantes dos tempos atuais. Pesquisa realizada na Universidade de Purdue (2007) demonstrou em ratos que o consumo de Sacarina poderia estimular maior ganho de peso do que o promovido pela Sacarose. A hipótese é que o sabor doce do edulcorante poderia estimular uma resposta exacerbada no animal e, devido à falta do substrato, haveria maior consumo de ração. 
Embora seguros quando bem indicado, atualmente, já se sabe que os edulcorantes artificiais não são essenciais ao tratamento do diabetes, assim como na perda de peso. No entanto, são coadjuvantes importantes para o planejamento do plano alimentar individualizado prescrito pelo nutricionista.

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